jueves, 4 de agosto de 2011

PRIMER DIA EN NAVALSHORE 2011 ENMARCADO POR IMPORTANTES ANUNCIOS PARA EL DESARROLLO DE LA INDUSTRIA NAVAL


Incentivos fiscais do Governo do Estado do Rio, um novo Promef da Transpetro e a aproximação com o mercado internacional explicam o balanço do positivo desta quarta-feira

Novos negócios, anúncio de incentivos governamentais e a confirmação de perspectivas positivas para os próximos anos da indústria naval. Assim foi o primeiro dia da Navalshore 2011 – Feira e Conferência da Indústria Naval e Offshore, que segue até a próxima sexta-feira, dia 05, no Centro de Exposições SulAmérica, no Rio de Janeiro-RJ. Em sua oitava edição, o evento promovido pela UBM Brazil reúne 350 empresas de 15 países e espera receber mais de 14 mil visitantes.

Na cerimônia de abertura, que reuniu por volta de 200 pessoas, o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços do Rio de Janeiro, Júlio Bueno, anunciou um pacote de benefícios que visa tornar o Estado um pólo da indústria de navipeças no País. A estratégia envolve a criação, por parte da agência de fomento Investe Rio, de linhas de financiamento para o terceiro e quarto elo da cadeia produtiva na ordem de R$ 3 bilhões, além de redução de tarifas.

O presidente da Transpetro, Sérgio Machado, também aproveitou a Navalshore 2011 para trazer boas notícias ao segmento. Ele revelou que até o final do ano deve ser lançada a terceira edição do Promef, que englobará a licitação de aproximadamente 20 navios de médio e grande porte nos modelos VLCC, Suezmax e de produtos. “Queremos ter uma logística do tamanho da nossa demanda. Hoje o País tem a quinta maior carteira de navios do mundo. Queremos ser a quarta”, afirmou.

Machado prevê que até 2020 a indústria naval brasileira esteja produzindo cerca de 60 navios por ano, reflexo das expectativas do crescimento da produção de petróleo e derivados, que será de aproximadamente seis milhões de barris por dia.

Negócios – O primeiro dia da Navalshore 2011 consolidou também as relações comerciais entre a indústria naval brasileira e internacional. “O Brasil apresenta hoje oportunidades de negócios como nunca antes e tem atraído muitos investimentos externos na área de construção naval. Eu espero que esse crescimento continue”, ressaltou Michael Duck, vice-presidente executivo da UBM para a Ásia, durante a abertura do evento.

O Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval) e Federação da Indústria Naval Argentina (Fina) renovaram, durante a feira, um acordo de parceria que busca a integração produtiva do Mercosul e a superação de obstáculos para o crescimento das relações comerciais na região tais como a implantação de uma tarifa comum. “Este intercâmbio com a indústria brasileira é fundamental para nós, porque conhecemos o potencial e as perspectivas do que vai acontecer aqui”, afirmou Sebastián Aguilar, chefe de Relações Públicas da ARS (Astillero Rio Santiago).

Empresas - As empresas européias do segmento também estão com os interesses voltados para o Brasil. Durante a Navalshore 2011, a Injetec, especializada em motores de grande porte como o de navios, assinou o contrato para assumir as representações internacionais exclusivas da WS Controles (Alemanha), Nicol & Andrew (Reino Unido) e Mar in Control (Holanda). “O Brasil tem muitas atividades e oportunidades no setor marítimo, mas para ter sucesso é preciso estar aqui efetivamente. É o que estamos fazendo agora aqui na Navalshore, firmando este acordo com a Injetec”, destaca o CEO da “Mar in Control”, Ole Henaes.

Agnaldo Leitão, diretor da Injetec, justifica o porquê de escolher a Navalshore como local para a assinatura de novos contratos: “Participei de sete das oito edições do evento, que para mim é como se fosse uma reunião de Natal. Ao invés de fazer uma festa com os amigos no final do ano eu os encontro aqui todos reunidos. Mais do que negócios é uma forma de mostrar que o segmento está forte e com marcas consolidadas”.

Conteúdo – O primeiro dia da Navalshore 2011 também contou com as palestras e debates da Conferência Internacional que acontece simultaneamente ao evento. Com o tema “Soluções integradas Caixa para a Indústria Naval e setor de Petróleo e Gás”, a superintendente regional do setor de Petróleo e Gás da Caixa Econômica Federal (CEF), Eugênia Regina de Melo, destacou os resultados positivos da atuação da instituição como agente operador do Fundo da Marinha Mercante, fato anunciado durante a edição da feira de 2010. “Temos dez projetos em andamento que somam R$ 5 bilhões em investimentos. O primeiro será assinado ainda em agosto no valor de R$ 390 milhões”, disse.

Eugênia ressaltou que a estratégia é de consolidar a CEF como o banco da indústria naval no País: “Para que isso se concretize é preciso levar soluções para o segmento. Eventos como a Navalshore nos permitem ficar próximos das empresas para apresentar produtos que ajudem a estimular o setor no Brasil”. As outras palestras e debates abordaram temas como o panorama do pré-sal, a indústria naval nacional, o uso do gás natural liquefeito e o projeto brasileiro do “Vale Brasil”.

Segundo Dia – Nesta quinta-feira, segundo dia de evento, destaque para a Rodada de Negócios entre 200 empresas brasileiras e âncoras do Reino Unido e, dentro da grade de Conferência, à palestra da engenheira naval da Transpetro, Ana Paula dos Santos Costa, que abordará os desafios da construção naval no País, entre diversos outros temas relevantes.

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